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04 fevereiro 2018

ABANDONEMOS A VELHA POLÍTICA

As eleições estão se aproximando. Daqui a oito meses o eleitor estará comparecendo a sua seção eleitoral para cumprir o seu dever cívico de escolher os seus representantes nas casas legislativas e os executivos que irão conduzir o País e os estados da Federação, pelos próximos anos.

Lá, os eleitores irão encontrar, antes de adentrarem às seções, as listas com os nomes dos candidatos nos quais poderão votar. A escolha, novamente, não será uma tarefa fácil, pois os nomes que lá constarão não foram escolhidos por eles - os eleitores, como já dissemos aqui em "SOMOS REFÉNS".

Possivelmente, é mais provável que nessas listas não constem nomes de estadistas. Há uma enorme carência de caráter na maioria dos políticos brasileiros.

Caráter é uma das exigências que deve estar presente em um estadista, nos termos utilizados por Ulysses Guimarães, no IV Mandamento de seu Decálogo. Nele está escrito:

Caráter: "o estadista tem a posição de suas idéias, e não as idéias de sua posição. Não é um oportunista, que se serve da política, em lugar de servi-la, o que só pensa nas eleições futuras e não no futuro do País. Político de caráter, é fiel - às idéias, não à carreira. Pode perder o poder, o governo, a liberdade, mas não renega as idéias, não perde a vergonha".

Muito bem. E que nomes iremos encontrar nas referidas listas? O que já se comprova na sociedade é um mal-estar eleitoral. Partidos e políticos não têm oferecido alternativas convincentes e motivadoras para votarmos com uma certa tranquilidade nas eleições de outubro.

A Operação Lava-Jato e outras que estão em curso, revelaram, e ainda revelam, para a sociedade que o financiamento da política e o enriquecimento pessoal dos nelas envolvidos foram feitos por meio do desvios ilegais de recursos, que deveriam ter ido para a prestação de serviços de qualidade, obrigatórios do Estado: educação, saúde, segurança, mobilidade, etc.

Portanto, bem ao contrário do desejado pelos eleitores, o que se constata, diariamente, é que o mandamento de Ulysses está em falta na política e no governo. Demagogia, corrupção, fisiologia, e patrimonialismo escancarados permanecem inalterados.

As manobras e discursos vindos à publico, até então, das mais diversas tendências, mais oportunistas do que detentoras de ideais, indicam que esse cenário não será alterado.

O mal-estar não irá ser desfeito. Não teremos estadistas para neles votarmos.

Ou abandonamos a velha política, ou as mazelas que atormentam a vida do cidadão e o nosso subdesenvolvimento continuarão existindo.

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