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10 outubro 2014

CURRAIS ELEITORAIS 2.0

Infelizmente, ainda não ultrapassamos os tempos dos currais eleitorais. Além dos métodos já existentes, novos mecanismos foram e estão continuamente sendo criados para mantê-los em funcionamento.

Oligarcas, coronéis, oportunistas, corruptos e partidos continuam se utilizando do fatídico modelo para se manterem no poder, tirando proveito daqueles que se encontram em condições sociais mais frágeis em todas as regiões do País. A nova dentadura, o envelope com dinheiro, materiais de construção etc, e mais recentemente bolsas estão garantindo, ao longo dos anos, os votos de cabresto. 

Além dos "presentes materiais", continua sendo utilizado, também, o terrorismo contra essas pessoas como nos recentes programas eleitorais do PT onde a comida e livros desaparecem, numa repaginação de histórias mais antigas, do Brasil rural, como a do "papa-figo" que viria comer o fígado das crianças caso o pai delas, o morador da fazenda e toda a sua família, não votassem nos candidatos indicados pelo coronel-fazendeiro.

Na partida para a campanha do segundo turno das eleições em 2014, voltam a circular manchetes com os temas acima e surgem outros métodos como a nova tática, em versão 2.0, do PT, A DE FOMENTAR O ÓDIO ENTRE OS BRASILEIROS  . 

Em pleno século XXI, currais eleitorais continuam a existir em nosso País, cuja população está a merecer, entre outros atributos, uma boa educação em todos os níveis e recantos da Nação e eliminar, para sempre, esse comércio eleitoral.




22 agosto 2014

CANDIDATA DILMA ROUSSEFF VOLTA AO JORNAL NACIONAL "PELO" RIO SÃO FRANCISCO

Em campanha eleitoral, a candidata Dilma Roussef visitou o Sertão pernambucano (Floresta e Cabrobó), tendo como pano de fundo as obras de Transposição do Rio São Francisco, iniciadas há sete anos. Prevista para 2010, a conclusão foi adiada para 2015.

Conforme noticiado no Jornal Nacional desta 5a. feira, 21 de agosto de 2014, em entrevista, Dilma Rousseff respondeu sobre o atraso. “É muito fácil alguém me dizer que nós estamos atrasados. Vou repetir: só não atrasa obra de engenharia quem não faz. Ou quem não tem a menor noção do que é fazer uma obra de engenharia da complexidade dessa ligação ou da complexidade, por exemplo, de uma hidrelétrica”, declarou a candidata. 

No Jornal da Globo, surgiu mais um trecho-pérola da entrevista: "essa obra foi feita sem nenhum projeto prévio de engenharia. Nós, quando recebemos o governo, não tínhamos o projeto". Esqueceu, mais uma vez, que foi ministra do governo Lula desde 2003.

Entretanto, sem querermos questionar o nível de informação da candidata sobre a execução da obra, sabemos que a única coisa certa e de conhecimento dos contribuintes é a multiplicação de seus custos. O orçamento projetado em 2007 era de R$ 4,5 bilhões e recentemente foi estimado para R$ 8,2 bilhões, sem que qualquer membro do governo possa garantir que esse será o montante final. Igualmente foram dobrados os gastos com manutenção e operação dos eixos da transposição. Estimados inicialmente em R$ 100 milhões anuais, saltaram para R$ 200 milhões.

Em países em que os gastos públicos são levados a sério, a viabilidade de uma obra é definida, entre outras coisas, por seus custos. Nesse governo, ao que parece, são os altos custos que viabilizam as obras. É MUITO AMADORISMO, para se dizer o mínimo.



20 agosto 2014

DE NOVO, A CANDIDATA DILMA ROUSSEFF NO JORNAL NACIONAL (Tema: ENERGIA)

Em matéria veiculada no Jornal Nacional, desta 3a feira,  foi mostrado o dia de campanha política da candidata Dilma Rousseff, visitando obras inacabadas do setor elétrico no norte do País, Rondônia com o objetivo, dentre outros, de gerar imagens para o programa partidário a ser apresentado no guia eleitoral em rede de televisão. Tal fato  nos impõe ficarmos alertas para mais um blá-blá-blá a ser proferido pela candidata nos próximos dias. Certamente a candidata será apresentada como uma grande especialista do setor por ter assumido sua gestão há mais de 12 anos, mas muito distante de confessar os estragos provocados nas áreas de petróleo, de álcool e de eletricidade que compõem a matriz energética do País e que serão comentados a seguir.

Nesse sentido, hoje, logo cedo, fomos relembrados do caos energético da Dilma. Tomamos o café da manhã com o recebimento da notícia sobre o aumento de luz no Distrito Federal a partir do próximo dia 26. Começaremos o post com o reajuste de tarifas e, para conclui-lo, no último parágrafo são apresentadas as ações equivocadas do governo Dilma. Vamos lá.

Com precisão matemática os reajustes de tarifas de energia elétrica vão se confirmando e desmoronando o discurso proferido pela presidente Dilma Roussef sobre este tema, especialmente quando da edição da Medida Provisório 579, de 11/09/2012, o qual não foi tratado em sua entrevista de ontem no Jornal Nacional

Desta vez o reajuste se deu sobre as tarifas a serem cobradas pela Companhia Energética de Brasília (CEB). Até dezembro deste ano estão programados reajustes para mais 18 companhias que atendem as demais regiões do País.

Em Brasília, os consumidores de alta tensão, como os industriais, terão alta de 19,9% e os de baixa tensão, 18,38%. Estas taxas de reajuste alcançaram um valor acima de 300% em relação a 2013. No ano passado, o reajuste aprovado pela Aneel para a CEB foi 5,75% para os consumidores residenciais e 6,43% para as indústrias.

Como têm apontado os especialistas do setor, a causa principal da atual crise energética existente no País não é a falta de chuvas, e sim a intervenção desastrada do governo federal, que está gerando perdas e desarticulando o fornecimento dos insumos energéticos. O conjunto de ações equivocadas tomadas pela presidente Dilma na condução da matriz energética brasileira está deixando uma HERANÇA MALDITA de grandes proporções para o próximo governo. Para cada componente dessa matriz, foram enumeradas quatro ações equivocadas:

  • No setor ELÉTRICO: renovação antecipada e condicionada das concessões; aportes do tesouro para garantir descontos em constas de luz; estímulo ao consumo elétrico em períodos de geração escassa; e falta de dialogo com agentes e pouca transparência nas ações. 
  • No setor de PETRÓLEO E GÁS: congelamento dos reajustes de combustíveis da Petrobrás; importação crescente de gasolina cara, revendida barata; esforço extra imposto à estatal para a exploração do pré-sal; e capitalização recorde desviada para o controle financeiro. 
  • Para o ETANOL: indexação aos preços de gasolina congelados; promessas não cumpridas de financiamento de novas usinas; falta de uma política de preços e estoques de longo prazo; e tributos sobre a gasolina zebrados para compensar reajustes nas bombas.
São, portanto, nós a serem desatados a partir de um futuro próximo, o término das eleições, mas que não serão lembrados, neste momento, pela candidata Dilma Rousseff. Serão, certamente, mencionados pelos candidatos de oposição.


19 agosto 2014

CANDIDATA DILMA ROUSSEFF NO JORNAL NACIONAL

Em sua entrevista ao Jornal Nacional na noite de 18 de agosto de 2014, a candidata Dilma Rousseff deixou clara a sua incapacidade de governar o Brasil. Um verdadeiro vexame, principalmente para uma presidente que se elegeu com supostos dotes gerenciais. 

Em oportunidade ímpar não mostrou a que veio. Esteve o tempo todo de sua entrevista completamente desnorteada, por pouco não se descontrolou. Foram três os assuntos abordados durante a entrevista: corrupção, saúde e economia. Em nenhum deles a candidata deu aos brasileiros respostas claras e satisfatórias. 

Para o primeiro tema, corrupção, a impressão que se deduz do que pronunciou, e é a mais compatível com a realidade dos fatos, é que ficou ao lado daqueles que foram citados como praticantes de mal feitos.  Mesmo para aqueles que já foram julgados e cumprem prisão, saiu pela tangente usando o chapéu de que como presidente da república não poderia se manifestar. Não quis se lembrar de que quem estava sendo entrevistada era uma candidata e não uma presidente. O seu semblante, entretanto, não deixou dúvidas sobre a sua opinião pessoal, igual a de seu partido, sobre o julgamento do mensalão e os respectivos condenados.

No quesito saúde. Como bem disse a Patrícia Poeta, "O seu governo diz que sempre investiu muito na área de saúde. E essa continua sendo exatamente a maior preocupação dos brasileiros, segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha. Isso depois de 12 anos de governos do PT, ou seja, mais de uma década, candidata. Não foi tempo suficiente para colocar esses problemas nos trilhos, não?" A resposta foi um desastre, só compatível mesmo com a realidade em que se encontra esta área. Sacar o Mais Médicos como resposta a esta questão, foi mesmo uma piada. Literalmente afirmou: "resolvemos o problema dos 14 milhões, aliás dos 50 milhões de brasileiros e dos 14 mil médicos".

Por último, o tema economia. Após tecer considerações sobre o assunto, o W. Bonner perguntou: "a senhora considera justo ora, olhando para os números da economia, ora culpar o pessimismo, ora culpar a crise internacional pelos problemas? O seu governo não tem nenhum papel, nenhuma responsabilidade nos resultados que estão aí ?" A Dilma começou a responde-lo com um certo ar professoral, mas vai ter que estudar muito para tentar chegar a este nível. Outro desastre,  um completo vazio. Pegou mal. Foi mais uma demonstração de um total despreparo para o exercício do cargo que ocupa e, pior, ainda insiste em continuar a ocupá-lo.





18 julho 2014

PARCERIAS ECONÔMICAS NO LONGO PRAZO

Na semana que sucedeu a copa, aqui em Brasília, de pires na mão e de olho no dinheiro do futuro banco do BRICS, Cristina Fernandez de Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolivia) e Nicolás Maduro (Venezuela), em um abraço de afogados.

Todos com seus países no fundo do poço em conseqüência do modelo econômico bolivariano do finado Hugo Chavez secundado pelo cubano, símbolo maior do retrocesso que ainda permanece no mundo.

Enquanto isso, o mais esperto de todos os países que pousaram aqui, a China, pela beirada, vai comendo todos, inclusive o Brasil, buscando competir pela liderança econômica mundial no longo prazo. Na prática, os componentes do BRICS tendem a ficar submetidos aos interesses do capitalismo chinês, tão ou ainda mais hegemônico que o dos EUA.



Como antes, desde o nosso descobrimento, nós só exportamos produtos primários (minérios, grãos, carne); eles só vendem bens industriais. Isso não é necessariamente ruim, já que a China sustenta boa parte do nosso magro superavit comercial. 

O que preocupa é a falta de opções do manufaturado brasileiro, sem preço para exportar, além de também perder espaço no mercado nacional. 

A promessa dos chineses comprarem 60 jatos da EMBRAER, se realizada, não nos fará mal, mas não é motivo de grandes celebrações. Deve ser visto mais como um fato isolado - um agrado -  no lastro da inviabilização de sua fábrica em território chinês com parceria local.

Do lado sul-americano, alguns de nossos vizinhos, Chile, Colômbia e Peru, entenderam melhor a conjuntura, observam melhor o futuro, enxergam suas economias sem ideologias, e estreitam, cada vez mais, relações comerciais com os americanos e o bloco europeu.

Lição a ser (re)aprendida pelo Brasil !








14 julho 2014

#ELEICOES2014 - MENOS DISCURSO E MAIS AÇÃO !

A Copa acabou, o assunto principal passa a ser a próxima a eleição. Na semana que se passou foi iniciada a campanha eleitoral. Alguns candidatos foram as ruas para um contato direto com o povo. A presidente Dilma Roussef, que concorre à reeleição, optou por ficar no Palácio da Alvorada. Preferiu a comunicação pela internet fazendo o lançamento do site oficial de sua  campanha.

Uma coisa é certa. De todos os candidatos, o eleitor espera menos discurso e mais ação. Esta mensagem já foi dita à Nação nas manifestações ocorridas em junho de 2013. De lá pra cá algumas iniciativas foram apresentadas, em sua maioria por iniciativa da Presidente, mas muitas delas, de tão inadequadas, foram rapidamente depositadas na lata do lixo. O Congresso, através dos presidentes das Casas, também se mexeu. Mas, passado pouco tempo, retornou à velocidade anterior as referidas manifestações.

Essa primeira semana de campanha não indicou que teremos mudanças significativas no comportamento dos candidatos que os diferencie do ocorrido em eleições passadas. Mas há tempo suficiente para isto ser alterado. Programas de governo entregues ao TSE não são suficientes.

O Brasil não quer mais ouvir promessas vagas. A sociedade e, em especial, aquelas pessoas que concordaram e concordam com os temas abordados nas manifestações de junho de 2013 e nas redes sociais, querem saber, com elevado nível de clareza e de compromisso, o que será feito para atender os seus reclamos, incluindo a origem dos recursos a serem aplicados.

Aos três candidatos que atualmente lideram as pesquisas eleitorais e, por terem exercido recentemente cargos executivos cabem maiores responsabilidades. Além de terem condições de serem mais precisos, têm a obrigação de explicarem porque deixaram de cumprir promessas realizadas em campanhas passadas nos seus respectivos espaços de atuação. Reconheço que, para esses candidatos, não será uma tarefa fácil e desejável de fazê-la.

Por exemplo, pegando o gancho no relançamento de promessa da candidata Dilma Roussef: melhorar e ampliar o acesso da população ao serviço de banda larga para uso da internet. Além de explicar o como irá fazê-lo, seria muito importante, também, a sociedade saber o porque do  ainda não tê-lo feito. Esta promessa é muito antiga, surgiu no primeiro governo do Presidente Lula.

Como se sabe, a situação do Brasil nessa área, como em outras trazidas à rua em junho de 2013,  não é confortável. Em comparação com outros países, relatórios recentes mostram que a internet brasileira é lenta e avança no mesmo passo. Com uma taxa média de transmissão de dados na rede de apenas 2,7 Mbps, o Brasil ocupa a 83a. posição no ranking de nações na web e a 78a. entre as nações que mais avançam.

Igualmente desconfortável está o avanço da internet em áreas sensíveis, como educação e saúde. Hoje, o bom funcionamento desses setores depende fortemente da disponibilidade, com qualidade, dessa tecnologia.

Foi por esses segmentos que a internet chegou ao Brasil, no início da década de 90, com a implantação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Apesar de seu avanço ao longo desses anos, o seu modelo atual de banda larga está esgotado. Como recomenda o presidente da RNP, o Brasil precisa construir uma nova política de Estado para levar fibra ótica ao interior do País que permita a ampliação da velocidade da internet para que se possa utilizar toda a potencialidade atualmente existente nas aplicações desenvolvidas para a rede.

Até as eleições de 2018 não queremos ouvir novamente que o governo tem o padrão Felipão e continuarmos a ocupar as posições acima. O Brasil não suportará mais outro placar de 7x1 (inflação x crescimento). Menos marketing e mais compromisso com o eleitor !




10 julho 2014

BOLA PRA FRENTE, BRASIL !

Neste sábado, 12 de julho de 2014, por imposição da tabela da FIFA, já tradicional e extensivamente divulgada, a seleção brasileira voltará a campo para disputar o terceiro lugar da competição. Desejo que faça um bom jogo, vencendo a Holanda e que seja o marco inicial de uma nova fase do nosso futebol. Estarei junto, torcendo pelas duas coisas. Cada brasileiro tem o legítimo e livre direito de fazer a sua opção, mas torço para que a grande maioria já tenha superado o resultado do último jogo e já esteja em estado astral ascendente.

Sobre o jogo, minha opção é que a seleção inicie a partida com a mesma equipe usada até então. Caçar algum jogador, neste momento, não julgo oportuno. A culpa do que ocorreu não é dos jogadores. Nenhum deles se autoconvocou, todos foram escolhidos pelos responsáveis pela CBF e pela seleção. Isto não significa que gostei de suas apresentações durante a copa. Mas digo o mesmo para as demais seleções.

Os resultados de cada seleção, até as semifinais, demonstram isto. Vi, em copas passadas, equipes e jogos bem melhores. Contrariamente ao desejo da população, a imagem da Copa foi colada aos êxitos fantasiosos da atual política. O que se descobre agora é que tudo era apenas propaganda. Não tínhamos uma seleção de verdade.

Bola pra frente, Brasil! O País chegou as semifinais, algo que não ocorria desde 2002. Hoje, estamos em situação igual a da Alemanha em 2006 quando esta sediou o mundial e acabou em terceiro lugar. Que as semelhanças se propaguem fazendo com que já na Rússia, em 2018, cheguemos a final disputando o primeiro lugar. No passado, já demos prova que sabemos nos reconstruir.

Entretanto, para que isso aconteça apenas nossa torcida não será suficiente. O País precisa, como fez a Alemanha após a derrota para o Brasil na copa de 2002, entender que o nosso futebol chegou ao fundo do poço.

Estudar o que lá aconteceu fora dos campos nos últimos anos nos ajudará muito. O ponto de partida não é a criação de uma Futebras, a troca de dirigentes e de cartolas do futebol como já se anuncia. O fundamental será começar com a adoção de princípios: intolerância com a corrupção é o primeiro deles. Ficha Limpa deverá ser o critério adotado para quem vai assumir o futebol brasileiro, nos clubes, nas federações e na CBF, daqui pra frente.

Defendo também que se façam investigações implacáveis sobre os atos passados. Como diz o Boris Casoy, "Isto é uma vergonha, é preciso passar o Brasil a limpo". Pelo que se divulga diariamente na imprensa, muitos dirigentes seriam processados.

Vencida essa etapa, caberá serem adotados, entre outros princípios e medidas, alto padrão de planejamento e gestão, uso de técnicas e tecnologias recentes na formação de todos os profissionais pertinentes, inclusive os jogadores. Nós, brasileiros, torcedores nos momentos de alegrias, mas, também nos de tristezas, estaremos juntos.

Que amanhã, o domingo seja de uma grande festa no Maracanã. O Brasil saberá demonstrar isto ao mundo.




15 maio 2014

O MEDO SE FAZ PRESENTE E A ESPERANÇA FICOU SÓ NA PROMESSA


O País, a menos de 30 dias da copa mundial de futebol a ser realizada em seu território, parece estar em ebulição. Mas quiçá a copa fosse o motivo desta ebulição e, posteriormente, de muitas alegrias. Infelizmente não é bem assim.

Por outros motivos, e estes bem preocupantes, em várias partes do Brasil, a semana começou com greves, protestos, saques e tropas nas ruas, e não há datas marcadas para findarem e se retirarem.

Em todo o Brasil há um clima de insatisfação em grande parte da sociedade. Em várias ocasiões, mostradas na TV, percebe-se que já há, nas ruas, desespero, medo e até caos. Toda esta situação é decorrente da falta de rumo em que vive a Nação. Fazendo-se uso da célebre frase de Sêneca, o filósofo romano, sente-se que não há nenhum vento favorável para o comandante do barco, pois este não sabe para onde ir.

A convivência diária com a alta de preços, as denúncias de corrupção no governo e o seu baixo desempenho na gestão das obras prometidas para a copa, tudo isto somado aos problemas que permanecem insolúveis na educação, na saúde, na segurança pública têm demonstrado à incapacidade da administração superior do País de conduzí-lo a um porto seguro. Eleições à vista, bateu o medo, bateu o desespero no Planalto.

Para piorar, esse desespero e esse medo começaram a atingir outras esferas das organizações sociais, particularmente o principal partido de sustentação do governo #Dilma, tendo em vista a proximidade do pleito eleitoral.

Nesse contexto, começou a circular, também esta semana, o comercial do PT  que ressuscita o discurso do medo, enfaticamente combatido, pelo partido, em eleições anteriores. O PT, desta vez, optou por outro caminho, o de seu adversário no passado. O desespero se faz presente e, hoje, reage  à desesperança disseminando pânico, fazendo apologia do medo.


Brasília, 15 de maio de 2014.


09 maio 2014

CAMPANHA ELEITORAL, NÚMEROS, PROMESSAS E MITOS

A presidente #Dilma, na tentativa de sair da defensiva e se antecipar a polarização eleitoral sobre os números da economia, se reuniu, no início desta semana, com o pessoal de sua Secretaria de Assuntos Estratégicos - SAE, agora comandada pelo ministro Marcelo Neri, na busca de indicadores sociais que se contraponham aos produzidos pelos economistas e que não agradam ao governo, mas que vêm sendo divulgados, pela mídia, no Brasil e no exterior.

Segundo divulgado na imprensa, na referida reunião o novo ministro disse que nos últimos 11 anos, a desigualdade caiu e continua caindo e a renda média continua subindo e, por isso, os brasileiros estão comprando mais objetos de consumo: microondas, tv’s, computadores, carros, etc.

Mas como não existe almoço grátis, e certamente o ministro não falou isso, se sabe, também, que como a renda subiu mais do que a produção nacional, a inflação se encarrega de corrigir essa defasagem, comendo uma parte dos salários. Além disso, que a dívida desses consumidores – a grande maioria de compra à crédito - tem se elevado consideravelmente com a alta dos juros.

Outro paradoxo é a relação entre o acesso da população aos bens, que cresceu a uma taxa de 320% nos últimos anos e os serviços, que se expandiram apenas em 48%. Vem daí a insatisfação popular com o transporte público, a saúde, a educação e a segurança, elementos imprescindíveis e fundamentais para assegurarem qualidade de vida aos brasileiros, no presente e no futuro, mas que continuam inacessíveis. Isto já foi alertado pela população desde junho de 2013.

Podemos dizer, em outras palavras, que as pessoas se sentem como quem compra um celular e só depois percebe que não tem luz em casa – já se perdeu a conta dos inúmeros apagões ocorridos – e que a conexão com a operadora (quando existe) é de baixa qualidade. Se junto ao uso do celular incluirmos o de acesso à internet a situação só piora. Com uma taxa média de transmissão de 2,7 Mbps, quando se consegue conectividade, o Brasil fica na 83a posiçãodo ranking mundial.

Supomos, também, que o ministro não a avisou que os mitos propagandeados pelo seu governo e pelo o de Lula, estão sendo derrubados, dia após dia, conforme ilustram as manchetes e as matérias diárias na imprensa. Nelas, entre outros, se incluem a auto-suficiência do petróleo, a diminuição do preço da conta de luz e o crescimento do PIB.

No que se refere ao petróleo, decorridos oito anos do anúncio feito pelo presidente Lula da suposta conquista de sua auto-suficiência do Brasil, a conta-petróleo, que faz o balanço entre exportações e importações do produto, já acumula déficit superior a US$ 53 bilhões. Da mesma forma, desde que descobriu os campos do pré-sal, a Petrobras viu sua produção, estagnada desde 2010, começar a cair, com recuo de 2,1% em 2012 sobre 2011 e de 2,3% no ano passado sobre o período anterior.

No caso das contas de luz,  ao invés da diminuição de seu preço, o que está ocorrendo é um gigantesco aumento. Este já chegou ao bolso de mais de 32 milhões de consumidores. Os demais também não escaparão. As tarifas já foram elevadas em cerca de 30,29%, em termos anuais, e já anulou o desconto médio anunciado pelo governo em 2012.

Finalmente, com relação ao PIB de 2014, várias instituições e consultores independentes têm projetado seu valor para menos de 2%. O governo ainda fala em 2,3%. Mas é bom lembrar que, durante a campanha de 2010, a promessa da candidata Dilma para o seu governo foi de um PIB anual ao redor de 5%.

A campanha eleitoral para as eleições de 2014 já está em curso. Como a pré-candidata irá tratar essas questões até as eleições ? Com anúncios de mais promessas e mitos que, rapidamente, são derretidos ? Pelo "andar da carruagem", parece que não teremos surpresas.


Brasília, 09 de maio de 2014.

03 maio 2014

HAVERÁ SEGUNDO TURNO NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 2014 COM A PRESENÇA DO PT ?

As notícias divulgadas nas últimas semanas sinalizaram a provável realização de segundo turno nas próximas eleições presidenciais e acenderam uma nova luz amarela. Delas, e da história, colhemos as seguintes considerações que, eventualmente, poderão ajudar a responder, em futuro próximo, a questão formulada no título deste artigo.

Análises da história política brasileira, desde a proclamação da república, demonstram que alterações no comando de governo do País sempre aconteceram quando o sentimento de mudança se fez presente na maioria de sua população.
Desde meados de 2013, registra-se um elevado desejo de mudanças, inclusive manifestado nas ruas, principalmente, pelos jovens. Esse número, algo em torno de 70% da população, medido durante as primeiras manifestações ocorridas em junho de 2013, continua se mantendo no mesmo patamar.

Entretanto, quase um ano depois de suas ocorrências, o povo vem percebendo que nada foi feito que resultasse em alterações significativas nos temas que, à época, foram apontados: segurança, saúde, educação e transporte, dentre outros. E, nos poucos meses que restam ao governo atual, não será possível equacionar mais nada.

Nas pesquisas eleitorais realizadas, isto se tem traduzido em índices de alta reprovação de como a presidente Dilma conduz o seu governo. Há poucos dias, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, disparou criticas ao governo sobre promessas não cumpridas para mobilidade urbana: "O governo foi à TV em junho passado e apresentou um investimento de R$ 50 bilhões. Mas o que estou observando é que, de lá para cá, a situação não melhorou."
Na comemoração do Dia do Trabalhador, houve um recado direto aos políticos. Em São Paulo, em evento da CUT, trabalhadores não apenas vaiaram, como atiraram latas de bebidas em alguns líderes e/ou possíveis candidatos do PT. Eles deixaram o palanque e foram embora sem conseguir sequer discursar. São sinais inquietantes para o partido que nasceu e se criou dentro dos sindicatos.

Os números anunciados nas pesquisas, conduzidas por vários institutos, mostraram uma baixa identificação do eleitorado com o partido (votos petistas), contra os altos, o dobro, auferidos em pesquisas de eleições passadas e que garantiram a presença do partido no segundo turno de eleições disputadas.
Adicionalmente, destaque-se o alto grau de rejeição à Presidente. Hoje, mais de 40% dos eleitores afirmam que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Na eleição passada, Lula era um presidente aprovado por mais de 80% dos brasileiros. No momento atual, Dilma ronda os 35% e com cerca de 70% do eleitorado querendo mudar. Mesmo continuando com o apoio de Lula, nota-se que ele já não tem o mesmo poder de fogo de 2010 e corre o risco de chegar à praia como um afogado do mesmo barco.
Por fim, mesmo não se mencionando o mensalão e os mal feitos da Petrobras, alguém acredita que Dilma possa ter ganho um só voto com os discursos lidos nos últimos dias? A julgar pela maioria dos comentários nas redes sociais e nos principais meios de comunicação, PARECE QUE NÃO.

Na verdade, o que as pesquisas estão apontando são perda de prestígio da presidente, baixa avaliação de seu governo e menos eleitores pretendendo votar na pré-candidata petista.



Brasília, 03 de maio de 2014.

31 março 2014

BRASIL: CONTINUARÁ NAS TREVAS DO ANTES, DO DURANTE E DO PÓS 1964 ?

Neste instante, 14:30, desta 2a. feira, 31 de março de 2014, encerra-se a sessão do Senado Federal que relembra o golpe civil militar ocorrido há 50 anos.

A sessão se encerrou como começou. Sem brilho algum. A maior parte do conteúdo dos pronunciamentos, feitos no decorrer da sessão, sem exceção, deixou muito a desejar. Foram, em sua maior parte, raivosos. Tais como outras atividades que estão relembrando a data, ao invés de unirem o País, o estão dividindo ainda mais.

Uma das questões apontadas é a necessidade de se rever a Lei de Anistia de 1979 que, por reivindicação das esquerdas, concedeu anistia “ampla geral e irrestrita” para os crimes políticos e conexos — incluindo a tortura

Ora, mais recentemente, o STF já se pronunciou a respeito e reafirmou a impossibilidade de rever o perdão. O Brasil não tem ainda uma lei contra o terrorismo. Se e quando tiver, deve-se retroagir para punir remanescentes de grupos terroristas? Acho que não. Lamentável, portanto.

De resto, o que aconteceu hoje no Senado Federal não trouxe nenhuma contribuição ao futuro do Pais. Chega a parecer mesmo que nosso destino será continuarmos nas trevas do antes, do durante e do pós 1964, até o momento.


Mas, como já disse alguém no passado, a esperança deve continuar, é a última que morre. Resta-nos, portanto, torcer para que, num momento não muito distante, surja aqui alguém como o Mandela que, após passar algumas décadas em uma cela, saiu desta e se tornou Chefe da Nação para unir a África do Sul e a fez avançar nas questões sociais e no seu desenvolvimento econômico. A projetou para o mundo. 

Tal fato foi lembrado recentemente durante as celebrações de sua morte, perante seu povo e a presença de inúmeros chefes de nações de todo o mundo, independentemente de suas crenças e ideologias.

30 março 2014

#PETROBRAS & OUTUBRO/2014 - O TIRO QUE SAIU PELA CULATRA

Outubro/2014, mês das eleições presidenciais, será diferente de outubros de anos anteriores, outubro/2010, por exemplo. O partido que acusava o outro de tentar privatizar a Petrobras não vai querer proximidade deste assunto. O momento é dramático, segundo Janio de Freitas em sua coluna de hoje na FSP. E não vai ficar só nisto, não vai ser só da Petrobras !

Por exemplo, de acordo com Elio Gaspari, (30/03/2014), se o governo quer evitar surpresas, deve dar uma olhada nos negócios que copatrocina juntando grandes empreiteiras, bancos oficiais e cleptocratas africanos. Nunca é demais lembrar que Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, é a mulher mais rica d'Africa, com uma poupança estimada em US$ 4,1 bilhões.


Vale lembrar, também, que no início do ano a oposição  ingressou  com mandado de segurança no STF para que o tribunal obrigue o governo federal a divulgar informações sobre contratos firmados entre o BNDES e os governos de Cuba e Angola.